RoboCup 2012: alunos conquistam o Special Award
Hipérion é um nome reconhecido no meio científico. Sua fama vem de suas sucessivas vitórias nacionais e internacionais, como as obtidas na Áustria, na Turquia e, recentemente, no México, país que sediou, em julho, a RoboCup 2012, mais complexa olimpíada de robótica do mundo.
Criado por uma equipe de alunos do Colégio Objetivo – frequentadores assíduos do curso especial de robótica promovido pela instituição –, Hipérion é um robô que se vale de dezenas de sensores e motores para mostrar o quanto é "inteligente", a ponto de transformar o ato de vencer em um hábito. De fato, Hipérion, que tem apenas 22 cm e meros pesa três quilos, de maneira fenomenal, consegue obedecer exemplarmente aos comandos de seus criadores, sem que, para isso, haja qualquer intervenção externa.
Foi assim desde a primeira vez, na Áustria, em 2009, quando um grupo, de alunos e robôs, conquistou o título de campeão mundial na categoria Super Team e o prêmio de melhor programação, superando equipes de 16 países. Na RoboCup 2011, modalidade Resgate, outro grupo se destacou em meio a 4 mil participantes de 50 países, conquistando o melhor resultado como Equipe Individual.
Na RoboCup 2012, competindo pela modalidade Open Soccer B, o robô Hipérion e seu irmão gêmeo – também criado pelos alunos do Objetivo – formaram uma equipe para um jogo de futebol. Hipérion atuou como atacante, enquanto o outro, como goleiro. Tudo feito de maneira autônoma, eles trocavam informações e organizavam estratégias para tomar a bola do adversário e chutá-la para dentro do gol, como num jogo real. A atuação levou o Brasil a sair da RoboCup novamente prestigiado: os alunos ganharam dessa vez o Special Award, premiação conferida às equipes que apresentam desempenho superior na execução do projeto e no trabalho coletivo.
Para isso, os estudantes da 3ª série do Ensino Médio Renato Ferreira Pinto Júnior e Raul Dario Tapia, e os do 9º ano do Ensino Fundamental Bruna Ianaconi Fusco e Gabriel Queiroz, além do professor Luís Rogério da Silva, coordenador dos cursos especiais do Objetivo para as olimpíadas de Informática e de Robótica, trabalharam por 6 meses no projeto mecânico-eletro-eletrônico utilizando-se da plataforma aberta Arduíno.
Segundo o professor, fazer um robô a partir de um controlador de Arduíno exige que os alunos construam os controladores de motores e produzam um suporte computacional para uma boa parte dos sensores e atuadores. "Quando dizemos construir, isso significa fazer placas de circuito e, portanto, lidar com eletrônica fina, algo que só é realizado no Ensino Superior", completa.
Ainda de acordo com o mestre, para funcionarem, os robôs de futebol exigem que sejam criadas formas de localização no espaço do campo, de percepção de quais são os robôs em jogo, de distribuição de papéis de goleiro e de atacante, além de meios de comunicação entre as máquinas para que possam ocorrer jogadas, como as que comumente chamamos de "jogadas ensaiadas".
O caminho para o México
Para se classificarem na RoboCup 2012, alunos e robô alavancaram excelentes resultados no Torneio Juvenil de Robótica, na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e na Competição Brasileira de Robótica (CBR), realizados em 2011, em São Paulo e em São João Del Rei (MG).
Lá, a equipe Hipérion, de Renato Ferreira Pinto Júnior e Raul Dario Tapia, conseguiu o primeiro lugar nas modalidades Rescue (pela OBR) e Soccer B (pela CBR), sagrando-se campeã e garantindo a classificação para a RoboCup 2012. Já Gabriel Queiroz e Bruna Ianaconi Fusco, da equipe Ctrl Alt Del, alcançou o primeiro lugar na categoria Soccer A.
De São Paulo para Minas Gerais
Para obterem as vagas na fase nacional da OBR e CBR, os alunos participaram da fase estadual na USP. Renato Ferreira Pinto Júnior, Raul Dario Tapia e Ramon Silva de Lima conquistaram o primeiro lugar em Resgate (Nível 2), enquanto Gabriel Queiroz e Bruna Ianaconi Fusco ficaram com a terceira colocação (Nível 1).
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