Bebês: a importância da educação escolar

“A infância tem maneiras de ver, de pensar e de sentir que lhes são próprias; nada é menos sensato do que querer substituir essas maneiras pelas nossas.”

Jean-Jacques Rousseau

A educação e o cuidado na primeira infância têm sido pauta de grandes discussões. Bebês devem ser inseridos no universo escolar? As creches e berçários são alicerçados em bases pedagógicas? As experiências adquiridas no cotidiano escolar são necessárias nessa faixa etária? Vários questionamentos vêm à tona quando o assunto é o rumo educacional das crianças.

“Dúvidas surgirão, angústias aflorarão, contudo, o aprendizado e as respostas que os seus filhos darão em relação ao aprendizado obtido na escola será extraordinário”, afirma a pedagoga Stella Grimaldi Gomes Polito.

Em sua obra recém-lançada, Bebês: a importância da educação escolar, ela relata suas experiências na área, fruto do resultado de pesquisas acadêmicas e análises de mais de 20 anos de prática pedagógica. “O livro nasceu da minha tese de doutorado, a partir da busca de muitas indagações e inquietações que se colocam diante de profissionais da educação, pais, mães, tutores e indivíduos.”

Diretora do Colégio Objetivo Matão e tutora de licenciaturas da UNIP EaD Matão, Stella Grimaldi é mestre e doutora em Educação Escolar, especialista em Planejamento e Gestão de Organizações Educacionais e psicopedagoga.

Com ampla visão, a autora fez um estudo que descaracteriza o papel assistencialista das instituições de ensino e mostra a importância e o caráter educacional que a faixa etária de zero a três anos necessita dos profissionais da área.

“As crianças têm capacidade de absorver e assimilar todos os estímulos precoces oferecidos pelos educadores, que contribuem efetiva e ativamente no seu desenvolvimento cognitivo, motor, psicomotor, intelectual, sensorial, operacional. Fazemos nossa função, que é pedagógica, em todos os momentos do cotidiano”, ressalta.

Baseada na tríplice educacional “educar, brincar e cuidar”, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a obra é leitura fundamental para quem busca compreender e desenvolver todas as potencialidades que um bebê possui, bem como a capacidade que instituições, bem amparadas, oferecem para o desabrochar das potencialidades.

“O livro discute questões referentes à infância institucionalizada e à história do atendimento educacional às crianças no Brasil, apresentando as principais fases e legislações desse percurso pelo qual passou e passa a Educação Infantil, adentrando na creche, no trabalho docente e no projeto pedagógico.”

Com coautoria da psicóloga Silvia Regina Ricco Lucato Sigolo, doutora em Psicologia, mestre em Educação Especial e professora assistente da Unesp Araraquara, Bebês: a importância da educação escolar está à venda no site da Editora Appris (www.editoraappris.com.br).

Respostas às indagações e inquietações

Afinal, qual é a idade ideal para a criança ingressar na escola? Stella afirma que o momento é agora. “É já, imediatamente. Na escola há diversos e significativos estímulos precoces para o desenvolvimento integral e global dos bebês. Estamos falando do local no qual se dá a gênese e a transmissão do conhecimento adquirido e tudo ocorre com significado, com intencionalidade, com estudos e extrema responsabilidade.”

Um outro questionamento dos pais, relatado pela autora, é a respeito do planejamento de um ambiente seguro para os bebês. Stella conta que uma exclamação recorrente é: “Nossa que dó! Tão pequeno e já está na escolinha! Coitadinho!” Mas, conforme destaca, “é justamente o contrário, porque no ambiente escolar é onde encontramos profissionais especializados para essa faixa etária. O local foi todo pensado e conta com materiais e instrumentos adequados para desenvolver as habilidades dos bebês.”

Stella comenta que a casa das famílias, apesar de preparada para recebê-las, ainda pode oferecer perigo: “As crianças pequenas estão em média na altura de nossos joelhos, então, é o máximo que conseguem ver e por necessidade fisiológica e natural urgem por exploração e acabam se machucando.”

Outra insegurança dos pais refere-se àquela sensação de “aperto no coração, o sentimento de estar abandonando o filho”, o que é natural. “Por isso a adaptação é muito mais dos pais do que da criança neste primeiro momento”, afirma.

Mas aqui segue uma dica da pedagoga: o que vai acalmar e acalentar é conhecer a equipe, a rotina e os ambientes em que a criança estará diariamente. “Além disso, quando buscá-la, no fim do período, verá seu semblante e dia após dia perceberá que tudo se transformará em um aprendizado mútuo.”

Bem, e quando tudo parece estar tranquilo, pode surgir uma nova hesitação: “Será que meu filho vai gostar e amar mais a professora do que a mim que sou sua mãe, seu pai, seu responsável?” A resposta é não! “De modo algum. Fiquem muito tranquilos, pois o vínculo com as professoras ocorre de maneira natural e é um gostar completamente distinto do amor que sentem pelos pais, pela família, esse amor nunca será substituído. Os profissionais da educação são pessoas que se especializam e sabem exatamente o limite e como acolher e confortar a criança sem manter nenhuma dúvida quanto a esse sentimento.”

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