Alunos recebem prata e bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia

A equipe que representou o Brasil na 7ª Olimpíada Internacional de Astronomia realizada em Estocolmo, na Suécia, de 3 a 8 de outubro, retornou com duas medalhas na bagagem. Eram cinco integrantes e apenas dois alcançaram premiação. Ambos são alunos do Ensino Médio do Colégio Objetivo que competiram com cerca de 200 estudantes de vários países.

Raul Celistrino Teixeira, 3º ano do Objetivo Adamantina (SP), e Michel Aguena da Silva, do 1o ano do Objetivo Cantareira, obtiveram, respectivamente, medalhas de prata e bronze. Antes disso, o Brasil já havia recebido medalhas similares, mas é a primeira vez que as duas vieram de uma mesma competição.

A equipe ainda levou uma outra aluna do Objetivo, Emanuelle Roberta da Silva, do 1o ano do Objetivo Paulista, que também esteve muito próxima de obter uma medalha de bronze, segundo Nuricel Villalonga Aguilera, professora do Objetivo responsável pelas aulas olímpicas e líder da equipe brasileira. "Ainda não recebi as notas oficiais, mas pela correção que fizemos, a Emanuelle por pouco não trouxe uma medalha também", comenta.

Além de conhecimentos sobre Astrofísica, Astronomia e suas técnicas, os participantes brasileiros eram os únicos do Hemisfério Sul e tiveram de enfrentar provas observacionais perante um céu mais familiar às demais equipes. "Para piorar as coisas, algumas constelações que podem ser avistadas de ambos os hemisférios aparecem de cabeça para baixo no Hemisfério Norte quando se está acostumado com o céu daqui”, explicou o professor Jaime Fernando Villas da Rocha, coordenador da Comissão de Ensino da Sociedade Astronômica Brasileira e integrante da Comissão da Olímpiada Brasileira.

Solidariedade e boas notícias
Os brasileiros só se depararam com o céu do Hemisfério Norte quando chegaram a Estocolmo. Antes, só o conheciam das reproduções em aulas teóricas e pela internet. A cortesia dos líderes das equipes russa e búlgara surpreendeu os brasileiros. "Eles queriam trocar ideias, experiências e deixaram a concorrência de lado para prestar solidariedade", afirmou Nuricel.

A partir de agora, a cada dois anos o torneio será realizado na Rússia, intercalando sedes em outros países. A previsão é de que a Olimpíada Internacional de 2007 aconteça no Brasil. O ano coincide com o Encontro Internacional de Astronomia, que será realizado no Rio de Janeiro.

Mas as novidades não param por aí. No mês de agosto houve uma seletiva para a Olimpíada Internacional de 2004, em que se classificaram as alunas Carla Fernanda de Araújo e Silva (Objetivo Paulista) e Lívia Maria Liberali Menon (Objetivo de Santa Rita do Passa Quatro). Elas concorreram com outros 22 brasileiros convocados para a fase classificatória. Destes, 11 eram alunos do Objetivo.

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