Alunos do Objetivo conquistam vagas para competir na RoboCup 2014
Alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Objetivo conquistaram vaga para o Brasil competir naquela que é conhecida como uma das maiores competições de robótica do planeta: a RoboCup.
Para se classificarem, alunos e robôs alavancaram excelentes resultados na Competição Brasileira de Robótica (CBR), realizada em Fortaleza, de 16 a 20 de outubro.
A equipe Emero CHS conquistou o primeiro lugar na modalidade Soccer (Ensino Médio), sagrando-se campeã na edição nacional. Para tanto, os alunos produziram dois robôs jogadores de futebol, que contavam com sensores e motores para locomoção no campo, bússola, além de sensores de infravermelho para localização da bola.
“Nossa equipe passou meses planejando os robôs, fazendo modelos 3D, esquemas dos circuitos e planos para a programação, até que, finalmente, começamos a produzir e integrar todas as partes para montá-los fisicamente. Com bastante trabalho antes e durante a CBR, conseguimos fazer aquelas e outras melhorias, o que nos garantiu uma boa performance e o primeiro lugar no torneio”, conta Renato Ferreira Pinto Júnior, ex-aluno do Objetivo, que compôs a equipe.
Na modalidade Dance, a equipe Dance Squad, que teve como um dos integrantes o aluno Gabriel Queiroz, conquistou a segunda colocação. Ele explica que havia diversos robôs na dança, sendo dois deles humanoides. “As coreografias ousavam em fazer movimentos como se deitar e levantar. Isso é difícil, uma vez que os centros de massa podem se mover de forma a desequilibrar os robôs e resultar em quedas indesejadas e de difícil resolução.”
Além dos humanoides, havia robôs no cenário, além de duas árvores, um DJ, entre outros. Os humanoides eram feitos a partir de um kit da Robotics chamado Bioloid. Já os robôs do cenário utilizavam partes do kit Mindstorms NXT da LEGO, com alguns motores da VEX e Arduinos como controladores.
O grupo Night Shield atuou em Resgate B e conquistou também a segunda classificação. Já a Mini Craques CHS alcançou o 3º lugar em Soccer (Ensino Fundamental).
A RoboCup acontecerá em João Pessoa (PB), de 19 a 25 de julho. A estimativa é de que a competição – pela primeira vez sediada no Brasil – receba mais de 4 mil pessoas, 600 equipes de 50 países de todos os continentes e 2 mil robôs.
Luís Rogério da Silva, responsável pelos cursos especiais do Objetivo para as olimpíadas de Informática e de Robótica, conta que os alunos produziram seus próprios robôs, trabalhando por seis meses no projeto mecânico e eletroeletrônico. “Eles tiveram que construir controladores de motores e um suporte computacional para uma boa parte dos sensores e atuadores. Isso significa fazer placas de circuito e, portanto, lidar com eletrônica fina, algo que só é realizado no Ensino Superior”, completa.
Entenda como são as modalidades
Em Soccer, os robôs jogadores de futebol exigem a criação de formas de localização no espaço do campo que possibilitem a percepção de quais são os robôs em jogo, a distribuição de papéis de goleiro e de atacante, além de meios de comunicação entre as máquinas para que possam ocorrer as jogadas ensaiadas.
Na dança, os robôs devem executar uma coreografia. A equipe Squad Dance escolheu a dança do Psy, com o motivo do Mario (games), para ser executada por dois robôs humanoides, do tipo Bioloid Premium. Eles foram capazes de se manter em sincronia de passos por meio de comunicação sem fio. “A experiência foi uma versão ampliada do que se apresentou no Torneio Juvenil de Robótica (assista ao vídeo pelo link http://vimeo.com/74520568), quando a equipe foi campeã. Em se tratando de humanoides ambientados num cenário robótico, como o que foi construído para a Competição Brasileira de Robótica, existe especial atenção não apenas na construção física dos equipamentos, mas na complexa programação que mantém de pé os robôs, independentemente da complexidade dos passos que executam”, explica Luís Rogério.
Por fim, Resgate B é a modalidade que faz o robô executar, num cenário que representa um ambiente onde se deve contabilizar a existência de vítimas não acessíveis às equipes de resgate, a verificação das vítimas remanescentes e o seu mapeamento. Para isso, o robô deve percorrer um percurso labiríntico sem se perder e ainda guardar a posição dos seres que emanam calor. Trata-se de um complexo desafio com dificuldades computacionais e todas aquelas relativas aos robôs autônomos móveis de exploração.
Classificação final
Equipe Dance Squad
Modalidade dance
2º lugar
Alunos: Amanda Barreto Faria Casoni Fernandes
Gabriel Villela Noriega de Queiroz
Gabriela Yin Chen
Iggor Francis Numata Mathews
Leticia Correa Consolaro
Victor Hugo Barreto Faria Casoni Fernandes
Night Shield
Modalidade Resgate B
2º lugar
Alunos: Gabriela Yin Chen
Marcelo Christhiam Gomes Abrantes
Phelipe Augusto Naves Muller
Victor Fernando de Castro Ruiz
EmeroCHS
Modalidade Soccer
1º lugar
Gabriel Villela Noriega de Queiroz
Renato Ferreira Pinto Júnior
Mini Craques CHS
Modalidade Soccer
3º lugar
Alan Hahn Pereira
Felipe Rodrigues Picchi
Gabriel Ryu Nakanishi Piva
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