9 de junho

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Falecimento
Outros fatos


1597 — Morre José de Anchieta

José de Anchieta, nascido em 1534, em San Cristóvan da Laguna, (Espanha), foi um padre jesuíta espanhol. Missionário católico da Companhia de Jesus, ao chegar ao Brasil em 1553, aos 19 anos, dedicou-se à catequese dos índios, usando como recursos pedagógicos o teatro e a música. Em 1554, fundou o Colégio de São Paulo, embrião da cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia.

Professor, poeta, gramático, historiador e dramaturgo, Anchieta escrevia seus textos em quatro línguas: latim, português, espanhol e tupi, tanto em prosa como em verso. Os poemas de Anchieta estão entre as primeiras manifestações literárias brasileiras.

Dois de seus principais livros foram De Gestis Mendi de Saa (1563), impresso em Coimbra, que retrata a luta dos portugueses, chefiados pelo governador-geral Mem de Sá, para expulsar os franceses da baía da Guanabara. Essa epopeia renascentista é o primeiro poema épico da América e o primeiro poema brasileiro impresso.

A outra obra, Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil (1595), foi considerada a primeira gramática brasileira, e continha fundamentos da língua tupi. Foi o livro iniciador dos estudos linguísticos na América portuguesa e a primeira gramática de uma língua indígena.


1870 — Morre Charles Dickens

O escritor Charles John Huffam Dickens nasceu em Portsmouth, Inglaterra, em 7 de fevereiro de 1812. Foi um dos romancistas mais populares da era vitoriana e responsável por introduzir a crítica social na literatura de ficção inglesa. Casou-se com Catherine Hogarth, com quem viveu por 22 anos e teve dez filhos.

Filho do funcionário da Armada Britânica, John Dickens, e de Elizabeth Barrow, Charles começou a se interessar por livros ainda criança. Influenciado por sua mãe, dedicou-se com afinco à leitura das novelas de Tobias Smollet e Henry Fielding, e outras obras como Dom Quixote e As mil e uma noites.

Com apenas doze anos de idade, Dickens foi obrigado a trabalhar para obter o sustento da família, uma vez que o pai contraíra dívidas ao tentar manter uma posição social não condizente com sua realidade. O trabalho de Dickens consistia em colar rótulos em embalagens de graxa, e as lembranças do difícil período na fábrica se tornariam temas recorrentes em sua obra.

Anos mais tarde, quando a vida financeira da família melhorou — após o recebimento de uma herança —, Dickens começou a trabalhar em um escritório, onde foi promovido ao cargo de advogado.

O serviço nos tribunais não o agradou e, pouco tempo depois, tornou-se jornalista. Foi cronista judicial e depois repórter, cobriu campanhas eleitorais por toda a Grã-Bretanha e fazia relatos de debates parlamentares.

A fama veio por meio de The Pickwick papers (1836) e Oliver Twist (1839), além dos livros com temática natalina, entre eles A Christmas Carol (1843). Mais tarde, viriam títulos como David Copperfield (1850) e Great Expectations (1861), os quais também figuram entre os clássicos da literatura inglesa. O estilo poético e ao mesmo tempo crítico, a qualidade de sua escrita, bem como o sentimentalismo e melodrama empregado em suas obras, fizeram-no um dos escritores mais populares de sua época, levando-o a conquistar uma legião de fãs ávidos por suas histórias.

Após um acidente, do qual nunca se recuperou completamente, ele passou a dedicar parte de seu tempo à leitura de suas obras para grandes plateias. O ímpeto com que interpretava as narrativas arrebatava o público e consumia as forças do autor. Alguns defendem até mesmo que o esforço dispendido nessas ocasiões teria levado o escritor a falecer, em 9 de junho de 1870.


1934 — Estreia oficial do Pato Donald

Um pouco de história

A estreia oficial do Pato Donald se deu em 9 de junho de 1934, no desenho animado A Galinha Sábia (The Wise Little Hen, no original), baseado na fábula de Esopo, A Galinha Ruiva. Essa animação apresentava Donald e seu amigo Peter Pig tentando evitar o trabalho, até a srª. Hen — uma galinha que precisava plantar milho para ela e seus filhotes — ensinar aos personagens o valor dessa tarefa.

Donald Fauntleroy Duck — nome completo do ranzinza e querido Donald — foi idealizado alguns anos antes, quando o ilustrador Ferdinand Hustzi Horvath fez os primeiros esboços daquela ave que faria parte do novo desenho animado dos Estúdios Disney.

A voz esganiçada e inesquecível do simpático personagem foi feita, por mais de cinquenta anos, por Clarence Nash, um entregador de leite e exímio imitador de sons de animais que caiu nas graças de Walt Disney.

Em 1934, o filme de estreia de Donald foi adaptado pelo argumentista Ted Osborne e pelo desenhista Al Taliaferro, a fim de ser publicado em tabloides dominicais coloridos.

Nos quadrinhos, a versão de A Galinha Sábia foi lançada em 16 de setembro de 1934, e Donald passou a aparecer nas histórias de Mickey, porém sempre em papéis secundários. O pato ganhou sua própria série de tiras no ano de 1936, denominada A Silly Symphony Featuring Donald Duck (Sinfonia Maluca Estrelando o Pato Donald). Pouco depois, o personagem ganhou uma namorada, Margarida, e em 1937 surgiram os sobrinhos, Huguinho, Zezinho e Luizinho.

Em 1938, algumas tiras de Taliaferro foram compiladas e publicadas em preto-e-branco no primeiro gibi do personagem: Walt Disneys Donald Duck.

Donald passou realmente a ter "vida própria", sem depender de Mickey, quando o desenhista e roteirista Carl Barks — responsável pelas melhores HQs do personagem, criando histórias completas de no mínimo dez páginas cada uma em estilos de aventura e com cenários deslumbrantes — resolveu adaptar um episódio originalmente estrelado por Donald, Mickey, Pateta e Pluto, para ter apenas Donald e os sobrinhos. Donald Duck Finds Pirate Gold (Donald Encontra o Ouro dos Piratas) foi publicado em 1942, e seu sucesso levou Barks a fazer histórias até 1967.

Ainda na década de 30, o Pato Donald iniciou sua jornada de sucesso pelo mundo. Na Inglaterra, o semanário Mickey Mouse Weekly já publicava suas aventuras. A Itália editava as histórias na revista do Mickey, Topolino, o mesmo acontecendo na França, onde o personagem aparecia nas páginas do Journal de Mickey.

Em 1987 a Disney lançou na TV um dos seus maiores sucessos: a série DuckTales, totalmente inspirada no trabalho de Barks. DuckTales contava as aventuras do Tio Patinhas e seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho, que foram deixados sob seus cuidados depois que Donald resolveu virar marinheiro “de verdade”.

Em todas essas décadas de existência, Donald só tem acumulado sucesso. Foram quase 200 filmes (entre curtas e longas-metragens), tiras diárias em centenas de jornais pelo mundo afora, revistas em quadrinhos em vários países, e sua imagem estampada nos mais incontáveis produtos licenciados.

Donald no Brasil

No Brasil, em 12 de julho de 1950, chegaram às bancas de todo o país 82 mil exemplares da primeira revista O Pato Donald. O gibi trazia na capa o subtítulo Revista Mensal com Grandes Historietas de Walt Disney e uma ilustração do personagem Zé Carioca entregando uma bicicleta quebrada a um espantado Donald, para que a consertasse. Os sobrinhos de Donald e o Tio Patinhas também faziam sua estreia no Brasil, mas possuíam nomes diferentes: Nico, Chico e Tico, em vez de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Tio Patinhas era “Mac Anjo".